Será Mesmo um Defeito Eterno?
Por muito pouco deixamos de fazer grandes mudanças em nossa vida. Quer um exemplo? Temos uma predisposição a encarar nossas características mais frágeis ou menos maduras como DEFEITOS. E esta visão pode nos paralisar, nos impedir de seguir em frente. A ideia que desenvolvemos sobre “defeito” ao longo da vida é um conceito rígido. Defeito é encarado como um mal a ser extirpado, uma característica fixa. Dizemos: “eu tenho um defeito” como se isso estivesse entranhado, impresso em nós, o que soa muito determinista.
E ao tentar eliminar o tal defeito, na maioria das vezes usamos a força repressiva, o que não traz resultados. O que é reprimido não é superado. Ou nos tornamos submissos ao tal defeito. “Nasci assim, estou fadado a ser assim”.
O que muda completamente nossa forma de encarar nossas características é compreende-las como TRAFOR (Traço-força) ou TRAFAR (Traço-fardo).
TRAFOR é aquilo em você, que o impulsiona a alcançar o que deseja. É como um facilitador para sua evolução.
TRAFAR é aquilo em você, que o impede de alcançar o que deseja. É como um fixador para sua evolução.
Tanto o trafor como o trafar são traços dinâmicos, ou seja, com constante possibilidade de mudança. Não são fixos, como tradicionalmente encaramos os Defeitos e Qualidades.
Tudo é uma questão de Contexto e Grau.
1- CONTEXTO: Os Trafores e Trafares precisam ser avaliados em cada contexto: uma característica sua pode representar um trafar em uma situação. Mas em outro contexto pode ser um trafor.
2- GRAU: A depender do grau de intensidade em que se apresenta certo traço, pode ser considerado adequado ou não. Pode ser um trafor ou um trafar.
Vamos pensar em uma característica: Paulo é detalhista. Para alguns contextos, este pode ser trafor, um traço-força. Para outros contextos, a mesma característica pode ser vista como um trafar.
Vamos pensar no egoísmo. Um certo grau desta característica pode lhe ajudar a cuidar bem de si mesmo. Mas se houver uma exacerbação deste trafor ele pode se transformar num trafar, uma característica que não será bem recebida e nem admirada. Uma pessoa muito egoísta pode não ser bem-vinda.
Como transformar um Trafar, o egoísmo, por exemplo, em um Trafor? O egoísta é aquele que deseja a melhor parte de tudo só para si mesmo. Se este egoísta começar a incluir aos poucos, outras pessoas em seu egoísmo, começará a desejar a melhor parte para outras pessoas além dele próprio. E com o tempo esse egoísmo será transformado em altruísmo.
É viável portanto, transformar um trafar em um trafor.
Sugestão: Faça uma lista de seus trafores e de seus trafares. Peça ajuda a alguém que lhe conhece bem. E vamos gerencia-los!
A vida é dinâmica e fluida. Somente a morte é uma condição imutável. Assim, a oportunidade de fazer transformações é agora.
Trafor e Trafar (terminologia da Conscienciologia)
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